Como Implementar o Design Inclusivo?
Antes de mais nada, precisamos entender a importância e o significado do Design Inclusivo. A palavra “inclusão” pode gerar interpretações diversas.
Para facilitar, pensemos assim:
De antemão, é importante notar que quando desenhamos produtos e serviços interativos, trazemos muita de nossa bagagem pessoal na resolução de problemas e proposição de soluções.
Portanto, corremos o risco de projetar para pessoas cujas necessidades se assemelham às nossas, excluindo assim, ainda que involuntariamente, aqueles que possam ter necessidades diferentes.
O Desafio da Exclusão e a Busca pela Inclusão
Ao contrário do que possamos imaginar, a exclusão não é um ato deliberado na maioria das vezes.
Bem como, devemos nos questionar constantemente quem são as pessoas que estão utilizando nossos produtos e quem está sendo deixado de fora.
Ainda mais, precisamos reconhecer a exclusão para entender onde um produto ou experiência, que funciona bem para alguns, pode trazer barreiras para outros.
Contudo, na Iteris, temos adotado uma abordagem baseada em dados para criar interfaces mais assertivas. Porém, o uso de dados por si só não garante que iremos desenhar uma solução de design inclusivo.
Precisamos estar atentos porque os modelos matemáticos, que favorecem a probabilidade estatística, podem desvalorizar a diversidade humana.
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Derrubando Mitos: A Falácia do Usuário Médio
Atualmente, a busca incansável pelo usuário padrão tem sido questionada. De acordo com o livro “The End of Average” de Todd Rose, não é possível matematicamente classificar um grupo de pessoas como padrão-médio-comum.
Assim como, Kat Holmes, Diretora de User Experience no Google, afirma que
“Design inclusivo não é desenhar uma opção que funcione para todas as pessoas, um único ponto de acesso, mas sim criar diversas maneiras para as pessoas interagirem com o produto e terem um sentimento de pertencimento”.
Mudando o Mindset e Construindo a Inclusão
Agora, para incorporar o design inclusivo, é necessária uma mudança em nosso mindset.
Depois que esse movimento se inicia, podemos começar a questionar:
- Por que estamos fazendo?
- Quem vai usar?
- Como será feito?
- Quem está fazendo?
- O que estamos criando?
Ao passo que, essas respostas não garantem que a solução seja à prova de falhas, mas são um bom começo.
Ademais, é necessário envolver diferentes perspectivas no processo do design inclusivo, sejam usuários com necessidades especiais ou mesmo o time de engenharia, já que muitas melhorias de acessibilidade são implementadas diretamente no código.
O Futuro do Design Inclusivo
Por fim, é importante lembrar que nossa experiência com o design inclusivo é uma constante evolução e amadurecimento.
No entanto, temos o poder de tornar a tecnologia acessível para todas as pessoas, independentemente de suas incompatibilidades, habilidades, situação econômica, idade, escolaridade ou localização geográfica.
Ao projetarmos produtos pensando em necessidades específicas de pessoas com deficiências permanentes, temporárias, situacionais ou mutáveis de acordo com suas respectivas situações, podemos abrir espaço para a inovação.
Qual o nível de maturidade sua empresa está em Product Design? Enfim, inclusão é sobre projetar para o futuro.
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